Uma flor nasceu na rua!
[...]
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
Ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
Garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
[...]
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
[Carlos Drummond de Andrade]
Um comentário:
Lindo poema!
To adorando agora esse blog,
Você tem que postar todos os dias!
;****
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